domingo, 12 de dezembro de 2010

Lista Desafio Literário 2011

Sim! Eu finalmente terminei minha lista para o DL2011. Para os tão viciados em livros quanto eu, fica a sugestão de leitura...

MÊS

TEMÁTICA

LISTA OFICIAL

LISTA RESERVA

Janeiro

Literatura Infanto Juvenil

Finding Monsieur Right – Muriel Zagha

Lembre-se de mim – Sophie Kinsella

Fevereiro

Biografias e/ou Memória

JK e os Bastidores da Construção de Brasília – Alexandre Nonato

Leonardo DaVinci - Sophie Chauveau

Março

Romance Épico

A Odisséia - Homero

As Brumas de Avalon, v.1 - Marion Zimmer Bradley

Abril

Ficção Científica

Praticamente Inofensiva – Douglas Adams

Admirável Mundo Novo – Aldous Huxley

Maio

Livre Reportagem

As boas mulheres da China – Xinran

O livreiro de Cabul - Asne Seierstad

Junho

Peças Teatrais

McBeth – Shakespeare

Sonho de uma noite de verão, William Shakespeare

Julho

Novos Autores

Sussurros de uma garota apaixonada –Mandy Porto

Todas as estrelas do céu - Enderson Rafael

Agosto

Clássicos da Literatura Brasileira

O menino de engenho - José Lins do Rego

Lucíola – José de Alencar

Setembro

Autores Regionais

A mãe de Freud – Luiz Fernando Veríssimo

Outras do Analista de Bagé – Luiz Fernando Veríssimo

Outubro

Nobel da Literatura

O Amor nos Tempos do Cólera – Gabriel García Marquez

A queda - Albert Camus

Novembro

Contos

Contos Libertinos - Marquês de Sade

Contos de Esconderijo - de Anne Frank

Dezembro

Lançamentos do Ano

Surprise!

Surprise!


quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

The End Begins

Achei interessante escrever um post sobre Harry Potter and the Deathly Hallows, part 1 no primeiro dia do último mês do ano. Quer dizer, a primeira parte do último livro da saga... Quase poético, não?

Quem me conhece sabe que Harry Potter tem um significado especial na minha vida. Fez parte da minha prá-adolescência, adolescência e início da adultidade. Eu cresci lendo os livros, aprendi, sofri, vibrei... Eu devo ter experienciado a vida lá dentro quase como se fosse a minha; desejando que fosse a minha. Eu sei, eu sei, essa parte é meio patética.

Mas, convenhamos, quem não gostaria de ter uma varinha mágica pra resolver as coisas? Eu sim!

Bom, quando eu soube que o filme seria feito em duas partes me senti terrivelmente manipulada pelos produtores. Eu teria que dar meu dinheiro duas vezes pra terminar de ver a saga, tudo pra eles faturarem mais. Fato. Eu sabia e o fiz, consciente - usando meu desconto de estudante, claro.

A parte boa de dividir o filme é que fica extremamente fiel ao livro. Eu posso dizer isso com toda a certeza pois não só li o livro, mas o reli nos três dias (bom, madrugas, na verdade...) anteriores a minha ida ao cinema: estava tudo fresquinho na minha cabeça.

Eu adorei. Geralmente saía do cinema frustrada pois as partes que eu achava fundamentais não apareciam na tela, mas dessa vez estava tudo lá.

O filme trata de Harry com seus 17 anos - maioridade no mundo bruxo - tendo que sair em busca da destruição de cada uma das Horcruxes (partes de Voldemort) espalhadas por aí a fim de poder destruir o bruxo no final. São, teoricamente, 6 partes espalhadas e no filme Harry destrói apenas uma. Outras duas já foram eliminadas nos outros volumes e uma será destruída nos últimos 10 minutos da história, de forma que restam apenas duas pra Harry, efetivamente, procurar e encontrar na parte 2 do longa, a ser lançada no ano que vem - quando a ação realmente acontece. Assim, vocês podem imaginar que eles arrastaram muito a história desse filme. De fato, estava lenta, mas o livro é assim.

Isso em si, embora possa parecer monótono aos olhos dos não conhecedores, é interessante porque a busca pelos Horcruxes, assim como qualquer busca é algo agoniante, não seria "realista" se fosse diferente. Além disso, podemos ver a relação dos amigos, os romances, as inseguranças de cada um sendo testadas a todo o momento, um espaço que nunca havia sido devidamente dado antes. É bom, assim o público entende mais os personagens e aparece, finalmente, a oportunidade de fazermos a devida conexão desta história com a vida real.

Um dos auxiliares de pesquisa que trabalha comigo me contou que ouviu em algum lugar que uma boa história de ficção não é aquela que fala da realidade de uma galáxia distante da nossa, mas sim aquele que fala da nossa realidade em uma galáxia distate. Substituam o "galáxia distante" por "mundo mágico" e vocês terão Harry Potter. São jovens que tem que enfrentar desafios, problemas, romances e que tem uma tarefa para cumprir. Harry está destinado a uma missão e esta missão é tão importante que ele tem amparo de todos os lados para conseguir cumprí-la. Isso faz dele essencial e daqueles que o ajudam, mais essenciais ainda, tendo em vista que ele jamais conseguiria cumprir tamanha tarefa sozinho pois, assim como nós, ele é imperfeito, comete erros, faz burrices.

No fim, não é disso que se trata a vida? De tarefas que temos que cumprir para salvar a humanidade? Eu acho que sim. Se pra isso, precisamos dividir a história em várias partes, lidando com as chatices, os sofrimentos, as perdas, às vezes pagando mais caro do que se esperava e suportando tudo com um pouco de romance, que seja!

Afinal, é tudo pelo bem maior.