As coisas fáceis dos dias de hoje
Há alguns dias
venho pensando a respeito deste assunto. Já repararam como tudo é fácil hoje em
dia? Mesmo o Brasil sendo um país “em desenvolvimento”, ultimamente, parece que
tudo tem ficado mais simples.
Comprar coisas é
mais fácil. Esses dias eu descobri que meu supermercado entrega em casa. Não preciso
mais enfrentar as filas, basta marcar os produtos, pagar no cartão e eles
trazem pra você!
Instalei um novo
navegador também. O nome é RockMelt, funciona mais ou menos como o
GoogleChrome, mas, além das funções habituais, ele automaticamente conecta o
usuário ao Facebook e Twitter. Em uma barra lateral ele mostra os amigos
on-line, atualizações, mensagens, chat, tudo! E sem precisar abrir as páginas
das redes sociais! Tão prático!
Chamei uns
amigos pra jogar imagem&ação aqui em casa – meu passatempo de carnaval. Não
fiz uma ligação, marcamos tudo por e-mail. Tranqüilo.
Ah, e passei a
semana toda sabendo das últimas notícias ao redor do mundo pela TV e
computador. Acessível.
E aí fiquei
sabendo dos horrores por causa dessa modernidade toda. E percebi que, assim
como o supermercado, o navegador e a televisão, tem outra coisa parece estar
ficando cada vez mais fácil: matar pessoas.
Matar gente
parece cada vez mais banal. O povo quer me tirar do poder? Atirem! Meu amante me
abandonou e não quer me dar 2 mil reais? Seqüestro e acabo com filha dele!
Esses ciclistas não querem sair da frente? Eu passo por cima!
Fácil assim.
Simples assim.
Desde quando a
vida humana se tornou tão banal? Desde quando matar outro ser vivo ficou
trivial? A capacidade do homo sapiens
de destruir a própria espécie não é novidade, mas, embora nada justifique matar
o próximo, parece que as razões dos agressores são cada vez mais estúpidas.
Como se ninguém mais tivesse crivo nenhum, pra nada!
E algo me diz
que não vai melhorar por enquanto.
Assim, esse post
fica para expressar o meu lamento pelas vítimas e pelos agressores e os mais
sinceros desejos de que nossa condição mude para melhor. Quando for possível.
Um comentário:
Adorei (nao os fatos, mas o texto)
bjuu
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