quarta-feira, 9 de março de 2011


As coisas fáceis dos dias de hoje

Há alguns dias venho pensando a respeito deste assunto. Já repararam como tudo é fácil hoje em dia? Mesmo o Brasil sendo um país “em desenvolvimento”, ultimamente, parece que tudo tem ficado mais simples.
Comprar coisas é mais fácil. Esses dias eu descobri que meu supermercado entrega em casa. Não preciso mais enfrentar as filas, basta marcar os produtos, pagar no cartão e eles trazem pra você!

Instalei um novo navegador também. O nome é RockMelt, funciona mais ou menos como o GoogleChrome, mas, além das funções habituais, ele automaticamente conecta o usuário ao Facebook e Twitter. Em uma barra lateral ele mostra os amigos on-line, atualizações, mensagens, chat, tudo! E sem precisar abrir as páginas das redes sociais! Tão prático!

Chamei uns amigos pra jogar imagem&ação aqui em casa – meu passatempo de carnaval. Não fiz uma ligação, marcamos tudo por e-mail. Tranqüilo.

Ah, e passei a semana toda sabendo das últimas notícias ao redor do mundo pela TV e computador. Acessível.

E aí fiquei sabendo dos horrores por causa dessa modernidade toda. E percebi que, assim como o supermercado, o navegador e a televisão, tem outra coisa parece estar ficando cada vez mais fácil: matar pessoas.

Matar gente parece cada vez mais banal. O povo quer me tirar do poder? Atirem! Meu amante me abandonou e não quer me dar 2 mil reais? Seqüestro e acabo com filha dele! Esses ciclistas não querem sair da frente? Eu passo por cima!

Fácil assim. Simples assim.

Desde quando a vida humana se tornou tão banal? Desde quando matar outro ser vivo ficou trivial? A capacidade do homo sapiens de destruir a própria espécie não é novidade, mas, embora nada justifique matar o próximo, parece que as razões dos agressores são cada vez mais estúpidas. Como se ninguém mais tivesse crivo nenhum, pra nada!

E algo me diz que não vai melhorar por enquanto.

Assim, esse post fica para expressar o meu lamento pelas vítimas e pelos agressores e os mais sinceros desejos de que nossa condição mude para melhor. Quando for possível.

Um comentário:

Cristina Tronco disse...

Adorei (nao os fatos, mas o texto)
bjuu