quinta-feira, 24 de junho de 2010

Dunga x Globo

Essa é uma disputa à parte nesta Copa do Mundo. E não é novidade pra ninguém; de fato, está ridiculamente escandalosa. Tão escandalosa que, no último domingo (22), no horário nobre do Fantástico, o repórter da emissora fez uma declaração, expondo a insatisfação da emissora frente a atitude do técnico da Seleção Brasileira na Copa do Mundo.

Eu já vi a Globo fazer todos os absurdos possíveis e não acho que eles vão parar por aí, mas tudo nessa vida tem limite e acho que a Globo é tão megalomaníca e narcisita, que eles acham que os limites não valem mais pra eles.

Agora, antes de eu continuar. Quem já leu meus posts anteriores sabe que eu tenho listas de desaprovações a muito do que o Dunga anda fazendo, inclusive sobre sua postura frente a mídia, por isso não considerem estes comentários fruto de alguém que o apóia incondicionalmente. Só estou tentando ser justa.

É claro que o Dunga enlouqueceu. Resolveu fazer tudo como bem entendia e ainda mostrou pro mundo todo que ninguém nunca lhe ensinou que é feio falar palavrão. Ele não tem postura frente a imprensa, é desrespeitoso com o juiz e ainda incita os jogadores a cometerem faltas inconcebíveis, como no jogo contra Costa do Marfim, em que gritou para alguém (não lembro quem), para agarrar o braço do adversário que, sabidamente, estava recém-operado. É vergonhoso para qualquer um – e não apenas para nosso país, mas para qualquer membro da classe vinculada ao esporte – que alguém, cujo cargo é tão fundamental, tenha uma conduta tão lamentável.

Porém, todo mundo comete erros. O Dunga, claro, não deveria se dar ao luxo de cometer tantos, mas condená-lo não é nosso papel. Podemos ter nossa opinião, mas não devemos deixar de ser justos. E, me desculpem, mas jogar o país todo contra o cara, considerando que ele tem uma seleção atrás, em horário nobre, por causa de picuinha, é tudo menos justo.

Eu posso estar sendo reducionista quando falo em “picuinha”, mas mesmo que se trate dos milhões que a Globo paga e recebe pelas reportagens, não acho que valha a pena, se o objetivo final é ver o Brasil vencer. Podem todos considerar o Dunga inconseqüente por suas posturas, mas a da Globo não é e nunca foi a mais ética. Pelo contrário, costuma ser manipuladora para conseguir aquilo que quer, sem se importar com os prejuízos que pode causar aos outros.

Como prefiro tirar o melhor de tudo e já que o Dunga vai perder o cargo assim que pisar em território brasileiro – senão antes -, devo dizer que gosto da atitude que ele teve de desafiar a todo-poderosa Rede Globo. Ele está longe de ser um exemplo, mas certamente ficará na história como um daqueles que não cedeu às estratégias manipuladoras desta que é a emissora mais prepotente do país.

domingo, 20 de junho de 2010

Brasil 3 x 1 Costa do Marfim

Não, eu não entendo muito de futebol. Não, eu não gosto muito de futebol. Mas sim, eu vou acabar comentando os jogos do Brasil porque (1) são os jogos que meu trabalho permite que eu assista e (2) porque geralmente tem gente que me explica o que aconteceu e eu consigo fazer um julgamento.

No bolão da copa da minha academia, eu apostei (sim, eu apostei; se eu ganhar é mês de academia grátis!) em 1x0 pro Brasil. Isso porque eu não acreditava que a gente fosse perder tão cedo e também porque se tem um time que eu confio menos que o Brasi, é a Costa do Marfim (tá, tudo bem, tem outros, mas vocês entenderam meu ponto, não?). Agora, com relação ao jogo, ou melhor, com relação à batalha:

Sim, foi uma batalha. No primeiro tempo estava quase tão sem graça quanto foi o jogo contra a Coréia, e quando eu digo sem graça não quero dizer, necessariamente, que estávamos jogando mal.; só que estávamos jogando sem nada de especial que é, paraos nossos padrões, um jogo sem graça. A única excessão foi o gol, que saiu no primeiro tempo.

O segundo tempo foi terrível. O Elano marca o segundo gol e as pessoas enlouquecem! Primeiro quase quebram a perna do guri; depois, dez minutos interrompidos por faltas e mais faltas; em seguida, o Luiz Fabiano faz um gol praticamente com a mão e, por último, o juíz expulsa o Kaká porque o coitado estava no caminho do outro cara. Que loucura!

Uma tristeza: o gol do Luiz Fabiano, que foi a única coisa, até agora, que me fez, verdadeiramente, querer torcer pelo Brasil, deveria ter sido anulado; o Kaká que era a única imagem agradável que me estimulava a assistir os jogos, foi expulso; O Elano, que é o jogador que eu acho batalhador e me faz acreditar queo futebol faz algo de bom pelas pessoas, está praticamente lesionado.

O que eu faço agora? Sério, que lixo de copa do mundo!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Brasil 2 x 1 Coreia do Norte

Diferente de alguns comentários e faixas que li por aí, eu não sabia. Primeiro porque não entendo grandes coisas de futebol e segundo, por que não me importo realmente.

Agora, como posso não comentar o primeiro jogo do Brasil na copa? Mesmo eu torcendo pra Ingaterra esse ano, não posso negar as origens (embora eu quisesse); além disso, já me foi dito que o povo Britânico não tem chance, de forma que agora eu só torço pra eles porque eu realmente gosto da rainha.

Mas esse tem que ser um post sobre o jogo do Brasil, então, vamos lá!

Pra começar, devo dizer que perdi os primeiros 17 minutos porque estava dormindo. O resto do primeiro tempo passou meio confuso porque eu ainda precisava fazer alguma coisa pra comer, mas, no fim, pelo que eu soube, foi chato mesmo. Mas no segundo tempo eu estava quase concentrada!

Agora, o que devo dizer? Achei que não valeu muito a pena perder meu tempo, embora eu tenha adorado ter ficado em casa porque, oficialmente, não há vida útil no Brasil durante os jogos da seleção. Eu acho ridículo, mas resolvi aproveitar...

Eu não entendo muito de futebol, como já disse antes e muitas outras vezes, mas a seleção não deveria ser mais rápida, mais divertida, artística ou mesmo, sei lá, habilidosa? Era meio retardado o comentarista ficar feliz porque o jogador não chutou a bola alta demais porque isso quer dizer que ele tinha domínio dela. Pô! Errou o gol de qualquer jeito!

Tudo bem, ganhamos, mas um dos comentários que ouvi hoje na TV foi de que todos os times do grupo querem tirar a diferença dos gols perdidos/não feitos em cima da coitada da Coreia do Norte. Não deveria ser preocupante que a gente jogasse bem mais ou menos, na estréia, contra esse time??? Não tenho muita certeza se essa estratégia vale pra enfrentar Alemanha, Itália, Argentina, mesmo que não seja agora.

Bom, eu fui uma das pessoas que xingou a convocação da Seleção. Ainda acho um grande absurdo e, já que vou torcer pro Brasil quando a Inglaterra for eliminada, sinto-me na obrigação de manter isso. Uma amiga minha disse que a escolha do Dunga foi boa porquea seleção não entrou em campo de salto alto e isso realmente é uma vantagem. Só vamos esperar que eles entrem, pelo menos, de chuteiras, não? Porque hoje eu realmente pensei que eles tinham arranjado um tênis pra uma pelada.

Eu sei que a vitória sempre é bom resultado e tomara que eu engula todos os meus xingamentos e a seleção ganhe (se a Inglaterra não ganhar), mas continuo sem grandes expectativas. Com isso, não quero desrespeitar ou desmotivar os jogadores que estão lá suando a camisa pela pátria (supondo que minha praticamente anônima opinião chegue até eles), mas não é um desrespeito torcer só pelos "nossos". Nepotismo eu sei que é.

De qualquer jeito, no fim, nem importa tanto. A diferença entre os prêmios de 1º e 2º lugar são de só 6 milhões de dólares. E eu digo "só" porque uma é 40 milhões e outra é 36 milhões. Não é muito, é? Só o dinheiro para abastecer uma pequena civilização ou tirar as crianças da rua.

Mas futebol é tão mais importante, não?

terça-feira, 15 de junho de 2010

Remember Me

ATENÇÃO! SPOILERS EM TODO O POST!

Acabo de assistir o filme estrelado pelo Cedric/Edward - ou melhor, Robert Pattinson - e confesso que fiquei impressionada. Há algum tempo instensionava assistí-lo, mas quando fui baixar da internet, li, sem querer, um comentário infeliz que contava o final: ele morre! Logo, não vi mais razão pra assistir. Era um romance que nem prometia grande coisa e eu já sabia que o guri principal morria. Não me interessava mais nada.

Mas aí, a auxiliar de pesquisa do grupo em que eu trabalho na universidade comentou que valia muuito a pena assistir. Como já aprendi a valorizar as colocações dela, fui atrás do longa. O que vi foi brilhante.

Na verdade, foi a única estratégia cinematográfica que conseguiu me comover realmente com o tema que ela aborda no final - e olha que eu já assisti várias tentativas sem sucesso! Agora, me resta a dúvida: eu estou sendo mais facilmente manipulada ou o filme é competente mesmo? Gostaria que assistissem e me dissessem.

Pra quem só isso já basta, pare de ler aqui e vá ver o filme. Para os que gostariam de entender mais do meu ponto de vista e da história em si, prossigam.

A história começa interessantezinha. A menina de 11 anos que vê a mãe ser assassinada e o guri cujo irmão cometeu suicídio crescem e se encontram por uma armação que, a princípio, foi bolada pelo amigo do guri por vingança de uma encrenca em que se meteram com a polícia - o pai dela era oficial. Como em qualquer romance, o tiro sai pela culatra e ele se apaixona por ela. Ela descobre, eles brigam, ela perdoa ele e tudo fica bem.

E o filme não acaba.

Aí é que começa a ficar estranho. Está quase no fim, a história é boa, porém morna e o expectador fica na dúvida se deve se irritar por perder o tempo ou se preparar pra frustração. Eu, especialmente; afinal, como é que, depois de tudo, o guri ia morrer??? Por alguns instantes, suspeitei de suicídio, já que no filme, ele comemora o aniversário de 22 anos, a mesma idade em que o irmão se matou. Mas isso não acontece.

De plano de fundo temos uma família que parece ter se desestruturado com a morte do mais velho, embora ainda tente se erguer. Temos o Tyler (Edward) morando com um amigo, o pai dele (007), um advogado frio e a mãe tentando seguir a vida com a menina caçula e um novo companheiro. A menina mais nova é uma temática à parte que trás a tona a questão do bullying, violência tão discutida na atualidade. Podemos observar a dinâmica da família para lidar com o problema da maneira mais saudável que eu já vi, apesar de toda a doença que beirava o ambiente de forma quase discreta.

Tyler cita a frase de Gandhi em dois momentos do filme: no início e no final e ela fica confusa no contexto até o último momento. "Tudo que você fizer na vida será insignificante. Mas é muito importante que você o faça... porque ninguém mais o fará". O filme é brilhante porque o tempo todo você acha que essas são tentativas frustradas de mostrar algo que não vai importar e, no fim, foi tudo perda de tempo. A última (ou penúltima, sei lá) cena salva tudo.

O que me encanta no cinema é justamente isso. Uma imagem vale mais que mil palavras, como diria o autor. Incrível como em um momento nada faz sentido e, em outro, tudo se encaixa.

O filme se desenvolve até o momento em que Tayler consegue reunir a família; a irmã se sente amada e protegida, a mãe, amparada e o pai finalmente exerce sua função e ele e Tyler finalmente entram em um processo de reconciliação. E aí, quando a irmã de Tyler vê a data que a professora escreve no quadro negro da escola, tudo faz sentido: September, 11, 2001. É interessante porque eu estava mesmo me perguntando porque um filme lançado em 2009/2010 teria seu cenário na época em que American Pie passava no cinema (aparece o Tyler assistindo o filme).

E aí, quando você está prestes a começar a xingar porque tudo foi uma estratégia para a comoção geral, aparece o Tyler esperando o pai no escritório dele. Ele olha pela janela e a câmera se afasta para filmar o prédio em que ele está. Quem pensou em World Trade Center acertou na mosca.

E aí eu entendi. Somente mostrando uma vida qualquer, de uma pessoa qualquer e a importância dessa pessoa no universo (o grande mesmo e o em que ela vive), sem que saibamos que aquela tragédia vai ocorrer é que podemos, realmente, entender a questão. A sensação de invasão e ataque sentida pelos americanos nada tem a ver com o problema e sim a perda que ela respresentou para os envolvidos. Dane-se a política, a cultura, a guerra. Alguém que estava fazendo alguma coisa - insignificante e importante - morreu ali. Será que foi acidente de percurso ou ele havia terminado sua tarefa? Eu não tenho como saber por enquanto. Só sei que este foi o filme mais inteligente que assisti sobre a tragédia justamente porque ele não foi sobre a tragédia.

Foi sobre alguém.

domingo, 6 de junho de 2010

Realidade Virtual Ajuda a Tratar Problemas de Saúde

Mais uma reportagem sobre a pesquisas com realidade virtual que vem ajudando muitas pessoas.

Segue o link:

Informações para contato:

Estresse e Trauma