domingo, 28 de fevereiro de 2010

Como escrever um Best Seller

Encontrei este post há alguns anos em um blog e achei absolutamente brilhante. De fato, pensei em seguir algumas das dicas (ou todas).

COMO ESCREVER UM BEST SELLER

Pegue numa figura histórica famosa e universalmente conhecida. Um artista é a melhor escolha: os artistas são todos maluquinhos por natureza e dados a comportamentos excêntricos que podem ser aproveitados para o seu romance. Reis também servem muito bem.

Agora escolha um mito qualquer. Pode ser o Rei Artur, o Santo Graal, as Tribos Perdidas de Israel, a colonização da América pelos Vikings, a Atlântida, bem, já percebeu não percebeu?

A revelação bombástica do seu romance é que a figura histórica famosa e universalmente conhecida tem uma relação secreta com o tal mito, e escondeu num sítio qualquer as provas que podem revelar essa verdade a todo o mundo.

O toque final é a sociedade secreta, que pode ser real ou inventada, ou uma mistura das duas. Alguns bons exemplos são os Templários, os Maçons, o Clube Hellfire, a sociedade Skull & Bones, etc.

Não, a turma da Mónica não serve.

Caso ainda não tenha percebido, a sociedade secreta é assim género seita, ou seja, um bando de tipos que não tem namoradas há muito tempo, e por falta de melhor para fazer põe-se a perseguir o herói.

Uma boa ideia é temperar tudo isto com uma certa dose de religião. Umas missas negras e o Vaticano à perna garantem sempre mais leitores.

Por último, o título. O título é muito importante e pode significar a diferença entre o sucesso ou o fracasso do seu «best-seller». Um bom título é conciso e directo, e deixa no ar o mistério. «Mistério», já agora, é uma boa palavra para um título. «Enigma», «Incógnita», «Segredo» e por aí além também servem. Palavras como «Conspiração» também vendem muito bem. Agora pegue no nome da sua figura histórica e junte as duas palavras. Voilá.

Agora que tratámos dos elementos realmente importantes, há que escrever o «best-seller» propriamente dito. Mas isso é o mais simples.

Compre a trilogia Indiana Jones em DVD e veja todos os filmes até ser capaz de recitar os diálogos de cor. Escolha um dos três filmes e vá copiando o enredo. Troque o Indiana Jones pela sua personagem principal, troque a personagem feminina por uma inventada por si - pode trocar a cor de cabelo também, se se sentir aventureiro -, troque os vilões pela sociedade secreta que escolheu e finalmente, troque a Arca da Aliança ou o Santo Graal pelo tesouro que tiver inventado. A não ser que também tenha o Santo Graal como tesouro. Aí pode deixá-lo ficar.

Para terminar, invente um final completamente idiota que deixa tudo na mesma como a lesma depois do herói ter descoberto a verdade. Mais uma vez, Indiana Jones é um clássico, principalmente no filme em que a Arca da Aliança acaba num armazém.

Se seguir estas instruções à risca, garanto-lhe que daqui a um ano está no topo das tabelas de vendas e o Ron Howard realiza a adaptação para o cinema.

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